Família deve fazer a mediação entre o filho e a escola, garantindo recursos, espaço e ambiente adequados; comunicação e alinhamento com educadores auxilia o processo
Com o isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus, as crianças têm assistido às aulas a distância e recebido tarefas. Para auxiliá-las a cumprirem essas atividades e o cronograma enviado pelos professores, o papel dos pais ou responsáveis torna-se fundamental.
“Os pais precisam ser mediadores entre a escola e o filho. Eles devem garantir o espaço, o ambiente e os recursos adequados para as crianças assistirem aos vídeos e fazerem as atividades. Por exemplo, um local onde não tenha ruído, pessoas falando ou televisão ligada, para facilitar a atenção e a concentração”, diz Ana Lucia Camargo Lima, coordenadora pedagógica da Escola Roberto Norio.
No dia a dia, também cabe às famílias acompanharem se os filhos estão conseguindo lidar com as ferramentas digitais, se estão interagindo e fazendo as lições. Os menores podem precisar da participação mais direta dos pais, como reservar um horário para estar com a criança enquanto ela realiza a proposta da professora. Também é recomendável separar o material que será usado com antecedência e conversar com a criança sobre a importância desses momentos enquanto a escola estiver fechada.
A coordenadora ressalta que a ajuda dos pais é muito bem-vinda, mas que isso não significa fazer pela criança. Em caso de dúvida, os pais devem recorrer aos canais de comunicação com a escola.
Igualmente importante é o alinhamento e a união das famílias, da escola e dos educadores para que os alunos não tenham prejuízo na aprendizagem nesse período. Para os pais serem parceiros nesse processo, a escola precisa deixar claro o modo como vai ser feito, ou seja, enviar roteiros com antecedência, a sequência da semana, o material e os recursos que vão ser utilizados.
“Nós nos comunicamos constantemente com as famílias e queremos ouvir a opinião dos pais sobre o que está ou não funcionando e se eles têm sugestões para melhorar e facilitar o processo. É importante que a gente consiga conversar sobre o que está acontecendo. Compreendemos que é difícil para todos, mas nós temos condições de passar por esse momento da forma mais tranquila possível”, afirma a educadora.
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