Trabalho e estudo remotos e convivência intensa podem criar situação desgastante para pais e filhos; jogos e desafios reforçam laços afetivos e propiciam diversão a todos
Depois de mais de um mês em quarentena, é comum pais e filhos já estarem adaptados ao cotidiano de trabalho e estudo em casa e sentir a necessidade de fazer algo diferente para quebrar um pouco essa nova rotina que já se estabeleceu. Nessas horas, jogos de tabuleiro, desafios e atividades lúdicas em família podem ser opções interessantes para estreitar os laços afetivos e garantir um ambiente saudável e momentos de descontração.
“No início do confinamento, as famílias estavam percebendo como positivo o fato de conviver de forma mais próxima e intensa com os filhos. Mas, com o passar do tempo, o estresse da quarentena também começa a aparecer. Afinal, estar 100% do tempo ou quase isso com as mesmas pessoas traz desgastes. Isso sem contar a rotina puxada de muitos pais e mães, que têm de fazer comida, limpar a casa, trabalhar e dar atenção para as crianças”, observa Márcio Ikemori, diretor da Escola Roberto Norio.
Ele considera importante que essas atividades para dar uma pausa na rotina deixem de lado computadores e celulares, pois são recursos que as crianças já têm usado muito durante a quarentena, inclusive para as aulas online e tarefas escolares. “Os adultos também estão o tempo todo no computador, trabalhando e participando de reuniões virtuais, e ainda ajudando os filhos nas lições de casa.”
Ikemori diz que a importância e a necessidades dessa quebra na rotina são as mesmas de, em tempos normais, fazer aquela pausa de vez em quando para tomar um café ou, numa noite, ir a um restaurante para ter um momento em família. “Atividades como jogos de tabuleiro, cartas, desafios, brincadeiras como STOP e cozinhar em família são importantes para unir mais as pessoas, pois permitem que elas se divirtam juntas e deem risadas juntas, o que é muito sadio.”
A escola tem contribuído com sugestões nesse sentido, de acordo com ele. Ikemori lembra do quiz “Cara de um, focinho de outro”, em que os professores mandaram fotos de seus pets e os alunos tinham que descobrir de quem era cada animal de estimação. “Essas atividades, além de darem um ‘break’, propiciam mais diálogos. Chega uma hora em que até que os temas de discussão ficam raros ou se repetem. Nós já entramos numa rotina, e a importância de achar brechas para espairecer é tão importante quanto antes”, afirma o diretor.
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