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Foto do escritorEscola Norio

Como ensinar as crianças a não temerem avaliações?

Tirar o foco das provas, ressaltar a importância de aprender e progredir e diversificar as formas de avaliar são alguns dos caminhos

Em época de Enem e vestibulares de final de ano, é comum os estudantes ficarem estressados e ansiosos por causa das provas. É possível amenizar essa tensão se, desde pequenas, as crianças desenvolverem hábitos mais saudáveis em relação às avaliações, para que elas não tenham um peso exagerado no futuro.

Para Bárbara Yuka, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental I da Escola Roberto Norio, se o colégio tem uma postura mais tranquila em relação a isso, mostrando que o mais importante é entender o conteúdo e aprender, as crianças passam a encarar as avaliações de uma forma mais leve. Ter uma diversidade de formas de avaliar, além da prova tradicional, também ajuda nesse sentido.

Na Escola Roberto Norio, por exemplo, as provas começam a ser aplicadas a partir do 1º ano do Ensino Fundamental, mas elas são tratadas pelos professores como mais uma entre as várias tarefas que os alunos têm em sala de aula.

“No início, é uma atividade orientada, uma espécie de treino, e o professor ajuda bastante, pois as crianças ainda estão aprendendo como fazer uma prova — a importância de ler o enunciado com atenção e como desenvolver uma resposta. As provas têm bastante imagens e figuras e, em geral, eles gostam muito de fazê-las”.

A partir do segundo ano, as avaliações são mais tradicionais. As provas bimestrais exigem um pouco mais dos alunos e são agendadas com antecedência para que eles possam ir se preparando. A orientação é estudar aos poucos para não deixar acumular os conteúdos para a véspera do exame.

Além das provas, o colégio utiliza outras formas de avaliação, como os trabalhos individuais e em grupo que os alunos desenvolvem ao longo do semestre. Na avaliação dos estudantes do 2º e 3º ano, por exemplo, foi considerada uma maquete de uma árvore genealógica em 3D que eles construíram com material reciclado. A participação na aula também pode ajudar na nota.

“A prova em si não avalia totalmente o aluno. Também é bom ver o dia a dia dele, a produção textual e o que produz em sala de aula. E mostrar que, mais importante do que uma nota, é aprender e progredir no caminho do conhecimento”, destaca a coordenadora. Além disso, é importante lembrar que as provas servem de termômetro para o próprio professor analisar se a sua maneira de ensinar está surtindo o efeito desejado. Se todos os alunos vão muito mal no exame, por exemplo, a didática do educador deve ser aperfeiçoada.

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