Pais e escolas devem estar atentos ao uso de tablets, celulares e videogames e ao comportamento dos filhos e alunos nas redes e mídias digitais
A inserção das crianças no universo tecnológico acontece cada vez mais cedo. Desde pequenas, elas já têm acesso à internet e a tablets, smartphones, videogames e computadores. Se usados adequadamente e com a orientação de um adulto, esses aparelhos têm o potencial de ampliar as possibilidades de comunicação, interação e de aquisição de conhecimentos. Mas, por outro lado, também representam motivo de preocupações, por parte de pais e educadores, em relação ao uso excessivo e à segurança online, como o contato com conteúdos inapropriados.
Bárbara Yuka, educadora e professora da Escola Roberto Norio, conta que os professores do colégio abordam esses assuntos constantemente com os alunos e dão orientações em relação à segurança e à cidadania digital — o uso responsável da tecnologia e o comportamento ético no ambiente virtual.
“Falamos sobre a importância do respeito às pessoas, o cuidado que devem ter ao postarem algo no whatsapp, por exemplo, a importância de pesquisarem em sites confiáveis e dos perigos do cyberbullying e de contatos com pessoas que não conhecem, como em situações de jogos online”. De acordo com ela, outra orientação que deve ser dada à criança é em relação a nunca informar dados pessoais ou da família, como o endereço.
Na Roberto Norio, os estudantes utilizam tablets e computadores em momentos específicos, como em aulas de robótica, aulas curriculares para acessar sites pedagógicos — para a resolução de problemas de matemática e lógica, por exemplo — e para a realização de pesquisas. “Estão sempre acompanhados de professores nessas atividades, e nossa recomendação aos pais é para que façam o mesmo em casa, que estejam sempre por perto e de olho. Também é importante que conheçam os canais de interesse dos filhos e saibam mexer nas plataformas e redes”, afirma Yuka.
Os alunos têm tarefas de casa realizadas em plataformas digitais, como a Khan Academy e uma plataforma de matemática que possui vários jogos, ligada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), além de pesquisas.
A educadora também comenta a importância das famílias delimitarem um tempo para essas atividades que, em excesso, podem prejudicar o sono e a concentração das crianças. Outro ponto que ela ressalta é o cuidado que os próprios pais devem ter com o uso desses aparelhos, já que eles são o exemplo maior para seus filhos. “Se o pai ou a mãe passam muito tempo nesses equipamentos, eles nem têm como exigir da criança o contrário.”
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