Conviver com um pet ajuda a criança a desenvolver a afetividade e o senso de responsabilidade. Mas é preciso ver se a família está pronta para receber o novo membro
Ter um animal de estimação em casa é o desejo de muitas crianças. Mas, antes da família tomar essa decisão, alguns pontos devem ser considerados — por exemplo, a divisão das tarefas no cuidado com o pet e como isso vai afetar a rotina de todos.
Tamires Narumi Sakoda, professora do Jardim II e do 3º ano do Ensino Fundamental da Escola Roberto Norio, e tutora da cachorrinha Claire, da raça Shih-tzu, aponta o desenvolvimento social, emocional e intelectual da criança como uma das principais vantagens de se conviver um animal.
“O contato com o pet proporciona o exercício da afetividade nos pequenos, que lidam com os mais diversos sentimentos, como o amor, a alegria, as frustrações e a tristeza. No caso de um cachorro, também há estímulo para o contato social. O próprio passeio com ele já vai atrair outras crianças ao seu entorno.”
Desenvolver a responsabilidade e a empatia são outros ganhos importantes dessa convivência, segundo a educadora. “Ter um animal de estimação também faz com que a criança tenha a percepção do cuidar, do bem-estar do animal, respeitando o espaço dele e, consequentemente, dos outros ao seu redor.”
Tamires cita, ainda, a melhora da autoestima e a redução do estresse e da ansiedade como outros benefícios de contar com um animalzinho em casa. “Também há o estímulo do companheirismo e de habilidades relacionadas à paciência. A criança vai se sentir menos solitária. E sempre lembrando que os animais nos aceitam pelo que somos”, observa a professora.
No entanto, algumas situações devem ser levadas em conta na hora de optar ou não em ter um animal de estimação. Tamires orienta considerar os gastos com veterinário, remédios, banho e tosa, ração, utensílios e brinquedos. No caso dos cães, um aspecto relevante é a disponibilidade e o compromisso de levá-los para passear todos os dias.
“Vai ter bagunça, cheirinho de cachorro e alguns móveis podem ser destruídos pelos animais de estimação. Isso requer paciência e adestramento”, diz. “Se a família gosta de viajar ou se trabalha muito, é preciso refletir bem sobre essa escolha, pois os cães são muito sociáveis e ficar muito tempo sozinhos pode deixá-los tristes.”
Outro ponto fundamental, de acordo com ela, é compartilhar as responsabilidades entre todos os membros da família. “As crianças devem ajudar nos cuidados com o pet. Dar comida, brincar e cuidar da limpeza são tarefas que elas podem fazer.”
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