Além da experiência e vivência em outra cultura, alunos na faixa de 10 e 11 anos exercitam a autonomia e a independência, importantes para o seu desenvolvimento e amadurecimento
A cada dois anos, em janeiro, uma turma de alunos da Escola Roberto Norio, entre 10 e 11 anos de idade, acompanhados de professores e diretores do colégio, partem para um intercâmbio no Japão, onde permanecem por cerca de três semanas. Durante 10 dias, eles se hospedam em casas de família (homestay), em Fukushima, frequentam a escola local e participam da rotina dos anfitriões e de uma série de atividades. No restante do período, visitam outras cidades, como Tóquio, Hiroshima e Kyoto, e conhecem e vivenciam aspectos diversos da cultura japonesa.
“Essa viagem é muito rica em vários sentidos. Além da experiência cultural, de participar do dia a dia de uma família japonesa e do treino do idioma, eles desenvolvem a autonomia, a independência e a autoestima ao perceber que são capazes se virar sozinhos em muitas situações. Isso é muito importante para o crescimento e o amadurecimento deles”, diz Alessandra Tiemi, coordenadora pedagógica do Ensino Infantil, que já participou de uma edição do intercâmbio, que é organizado pela escola desde 1997.
Anteriormente à realização da primeira viagem, os alunos entravam em contato com estudantes japoneses por meio de cartas, o que era comum em escolas de tradição japonesa que ensinam a língua. Para a coordenadora, a possibilidade de concretizar o intercâmbio veio completar na prática a proposta pedagógica do colégio. “Oferecer uma educação integral, que desenvolva os aspectos não só cognitivos, mas também físicos e emocionais, faz parte dos valores da escola e casa perfeitamente com os objetivos do intercâmbio”, afirma.
O valor total da viagem fica em torno de 15 mil reais, o que inclui as passagens, passeios e alimentação. O homestay não tem custo. Todos os alunos do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental são convidados a participar. Dependendo do tamanho da turma formada — que já chegou a variar de 2 a 18 alunos — define-se o número de professores e diretores que os acompanharão.
“Quando os alunos estão terminando o Ensino Fundamental e deixando a escola, o intercâmbio entra para concluir essa etapa. Nós costumamos brincar dizendo que as crianças ingressam na Roberto Norio com fralda e saem indo para o Japão sozinhas”, finaliza a coordenadora.
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