A vida escolar é fundamental para o desenvolvimento integral da criança, incluindo não só o seu potencial intelectual, mas habilidades sociais, como responsabilidade e empatia
Mais do que oferecer uma formação de qualidade, que contribua para que a criança alcance o máximo de seu potencial, um dos objetivos da escola é preparar o aluno para estar no mundo e seguir o seu caminho. “Acreditamos que, na primeira infância, o desenvolvimento adequado ocorre quando a criança é estimulada igualmente nos campos intelectual, emocional e físico, sempre respeitando sua bagagem de vida”, diz Camila Lima de Oliveira, professora do 1° e 2° ano do Ensino Fundamental da Escola Roberto Norio.
A convivência e a rotina escolar são muito enriquecedoras para as crianças, pois elas são expostas a diversas situações e descobertas. É, nessa fase, por exemplo, que ela começa a resolver seus conflitos. “Aqui na escola, quando um aluno faz algo que desagrada outra criança, é mostrado o que ele fez e como isso afetou a outra pessoa. Não como forma de retaliação ou punição, mas de modo que ele perceba e se coloque no lugar do outro”, explica a professora. “Pois é assim na vida adulta também. A todo momento, somos expostos a diversas circunstâncias sobre as quais precisamos agir com sabedoria, seja com palavras ou ações, para não magoar o próximo.”
Para a educadora, a convivência escolar precisa ser organizada de modo que conceitos importantes, como justiça, respeito e ajuda ao próximo, sejam entendidos, assimilados e vividos. “Com essa proposta, a escola permite que seus alunos tenham uma atitude crítica, que os levarão a identificar possibilidades de reconhecer seus limites nas ações e nos relacionamentos.”
Camila também considera que valores como socialização, autonomia e responsabilidade têm que ser trabalhados na escola. Na Roberto Norio, ela conta que são estabelecidas rotinas nas quais a própria criança, desde pequena, tem liberdade para escolher a atividade que vai fazer nos cantos pedagógicas. O aluno também é responsável por algumas tarefas, como guardar suas coisas, fazer as refeições sozinho e a escovação dos dentes, sempre sob a orientação dos educadores.
“As atividades devem ser preparadas para que as crianças desenvolvam a criatividade, a imaginação e a autoestima, proporcionando sempre aberturas para que problematizem suas dúvidas e o que estão aprendendo. Elas devem perceber que são ouvidas e que suas opiniões e sugestões têm valor”, afirma a professora. “Com isso, levarão da escola uma grande bagagem e estarão mais preparadas para os desafios do mundo”.
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